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sábado, 22 de novembro de 2008

O Futebol brasileiro e suas tragédias (fora de campo)









SANTOS


Três minutos que fizeram a diferença






Depois de sagrar-se bi campeão sul-americano e mundial em 62 e 63, o ano de 1968 foi muito pródigo e generoso para o Santos F.C. Venceu as Recopas Sul-americana e Mundial interclubes. É por isso que a FIFA reconhece o Santos também como tricampeão.

Ainda em 68 foi bicampeão paulista e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (a 1ª Taça de Prata), onde no dia 15 de setembro de 1968, (um domingo) enfrentou o Flamengo no Maracanã vencendo por 3 a 2.
Após a partida, Pelé & Cia. retornaram a São Paulo viajando num avião modelo Viscount, prefixo PP-SER, da Vasp, que pousou no aeroporto de Congonhas às 21h15. Desembarcaram 52 passageiros e comissários, incluindo a delegação do Santos. Permaneceram a bordo o comandante Neutel e co-piloto Freire.


Cerca de três minutos após, o avião decolou para um vôo de treinamento dos tripulantes. Ao sobrevoar a Cidade Universitária (o Campus da USP – Universidade de São Paulo), houve falha numa das turbinas e o avião caiu ficando reduzido a escombros.
Morreram na queda os dois tripulantes e em terra uma senhora que residia numa das casas atingidas pelo impacto e pelas labaredas

O acidente não foi destaque na imprensa. Apenas um jornal de São Paulo publicou, mas sem alarde, que o Santos havia desembarcando a poucos instantes daquele aparelho que acabou se precipitando na região da Cidade Universitária. Naquele tempo, a VASP pertencia ao Governo de São Paulo e, para a imprensa, o acidente, só teria repercussão mundial, se acontecesse com o pessoal do Santos a bordo.








Pânico no Equador

No dia 1º de maio de 1996, um sério acidente numa tentativa frustrada de decolagem do avião que traria de volta a delegação do Corinthians para o Brasil após um jogo em Quito, no Equador, quase acaba em tragédia.
A bordo da aeronave os jogadores comemoravam com champanhe a vitória de 3 a 1 sobre o Espoli, do Equador, quando "viram a morte de perto", como definiu o zagueiro Cris. Às 18h45 daquela quarta-feira, 80 pessoas entre jogadores, comissão técnica, torcedores e jornalistas estavam prontas para decolar de Quito rumo a São Paulo.
Chovia forte no momento da tentativa de decolagem efetuada pelo comandante Cledir da Silva, nos controles do Boeing 727-2B6, prefixo PP-LBY, da companhia aérea FLY.
Eram 17 horas locais (19 horas de Brasília). Na aeronave 72 pessoas a bordo. A pista do aeroporto Mariscal de Sucre é considerada uma das mais perigosas do mundo.
Quarenta e seis segundos após o início da corrida, quando o avião deveria estar levantando vôo, os passageiros descobriram o que o comandante já sabia: o 727 não iria decolar. Na realidade ele já havia iniciado os procedimentos para abortar a decolagem, isso a mais de 200 quilômetros por hora.
Nesse momento a aeronave patinou, saiu da pista, deslizou pela grama e destruiu tudo pela frente, incluindo cercas e o muro onde finalmente parou quase nas ruas da capital do Equador. O tanque de combustível da asa direita rompeu-se e derramou combustível sobre o trem de pouso que se partia e as faíscas deflagraram um incêndio que atingiu a aeronave que já estava com sua cabine destruída e a fuselagem partida ao meio.




O pronto atendimento dos bombeiros evitou o incêndio total da aeronave e o fogo foi logo apagado. Segundo o comandante, no momento em que o avião taxiava, chovia pouco, mas aumentou ao tentar arremeter. "Infelizmente, a pista não foi suficiente para que a aeronave parasse a tempo", garantiu Cledir: "Tivemos muita sorte porque poderíamos ter morrido todos", disse. "Evitei uma tragédia."
"É difícil falar o que houve", afirmou o goleiro Ronaldo. "Mas vou lembrar-me disso por muito tempo ainda." O goleiro ainda afirmou: "O piloto foi sensacional."
Conforme um porta-voz do DAC (Departamento de Aviação Civil) equatoriano, o avião, ao atingir o muro no final da pista, teve um princípio de incêndio na turbina direita, logo controlado pelos bombeiros. O fogo começou quando o comandante reverteu bruscamente os motores para diminuir a velocidade.
"Tinha a sensação de que todos íamos morrer", contou o diretor de Futebol Jorge Neme. "Na hora do impacto, as pessoas foram arremessadas para frente e houve pânico". "Foi horrível. O avião batia em muretas e a fuselagem ia rasgando. As cadeiras voavam, os vidros se quebravam e as pessoas não paravam de gritar. Pela janela, via-se fogo na asa e o querosene vazava para todos os lados. O avião só parou depois de bater de frente em um muro e invadir uma avenida", relatou o jornalista Ricardo Capriotti, da Rádio Bandeirantes, que estava na aeronave.
"Houve uma neurose generalizada", atestou o médico do Corinthians, Paulo Farias. "Todos queriam sair do avião ao mesmo tempo." O jogador Tupãzinho foi quem mais se machucou. Com o corpo tomado pelo querosene, ele não esperou que os tobogãs de emergência inflassem e saltou do avião. Torceu o tornozelo e teve algumas queimaduras. Outros cinco passageiros sofreram escoriações leves e o piloto, comandante Cledir Joaquim da Silva, cortou o rosto. Um saldo positivo. Se o avião tivesse saído do chão, poderia ter batido de frente em uma das montanhas que compõem a Cordilheira dos Andes e cercam o aeroporto Mariscal Sucre, no centro de Quito. A direção do Aeroporto informou que houve apenas feridos leves.
O DAC do Equador admite três hipóteses: a ruptura do trem de aterrissagem dianteiro, uma falha nos motores ou mesmo o avião ter patinado na pista devido à chuva. Uma das comissárias do vôo, Carmem, declarou que o avião não estava em perfeitas condições desde que saiu de São Paulo, mas não entrou em detalhes.
Sabe-se que para fazer o vôo com apenas uma escala, em Porto Velho, o Boeing estava com os tanques cheios e muito pesados para uma pista pequena como a de Quito. A tripulação do avião permaneceu na capital equatoriana durante o período de inspeção e a FLY informou que "Desde que a aeronave foi adquirida pela empresa, há quarenta dias, não havia nenhum sinal de problemas em nenhum de seus vôos."
O avião foi adquirido da Royal Air Maroc, companhia aérea marroquina. O comandante Cledir, que já havia pilotado o avião antes dessa viagem, disse à empresa que também não sabia o motivo do acidente. "Segundo ele, no momento em que decidiu abortar a decolagem, o avião deveria frear normalmente, até o final da pista", relatou Mello. "Mas a aeronave não parou, não se sabe se pelo fato de a pista estar molhada ou por influência dos ventos."










GRÊMIO e CAXIAS


Mudança de vôo na última hora salva os dois times



Grêmio altera programação e salva delegação do acidente
A queda do vôo JJ 3054 da TAM em São Paulo no dia 17 de julho de 2007 quase vitimou toda a delegação do Grêmio. O diretor de futebol do clube, Paulo Pelaipe, afirmou que o elenco seguiria nesse vôo para chegar a Goiânia, onde enfrentou o Goiás no dia 19 de julho, mas o caos aéreo acabou alterando a programação. “Uma das alternativas era São Paulo-Porto Alegre à tarde. Em uma conversa com Mano Menezes (técnico), decidimos não pegar o vôo para São Paulo, até pelo caos aéreo. Decidimos ir para Brasília e então ir para Goiânia”, confirmou o dirigente.
Segundo Pelaipe, no momento da queda, a delegação já estava no Distrito Federal. “Quando chegamos em Brasília, os celulares estavam entupidos de telefonemas”, relatou.
No caso de Pelaipe, o seu filho, que passa férias na Argentina, chegou a ter a informação de que o dirigente estava no avião, mas a dúvida foi solucionada com um telefonema. O mesmo fato ocorreu entre o goleiro Saja e seu pai.
Elenco do Caxias escapa da tragédia ao embarcar em vôo seguinte
Além da delegação do Grêmio, o elenco do Caxias também esteve muito perto de embarcar no vôo JJ 3054 da TAM, que caiu dia 17 de julho de 2007 em Congonhas, em São Paulo. O time seguia para Maringá (PR), onde enfrentou o ADAP/Galo-PR no dia seguinte pela Série C do Campeonato Brasileiro, mas embarcou no vôo seguinte ao do acidente. O vôo dos jogadores do Caxias mudou a rota e desembarcou em Curitiba, onde os passageiros souberam da tragédia em São Paulo. De acordo com o assessor de imprensa do clube, Gustavo Rech, o elenco ficou muito emocionado.
“Nós poderíamos ter sido as vítimas. Eu chorei, muitos choraram. Estamos atônitos, todos estamos em estado de choque”, relatou Rech.
O ex-presidente do Internacional, Paulo Amoretty, está entre as vítimas do acidente.

3 comentários:

Alencar Silva disse...

Primeirão, hehehe... (grande coisa)

Se nesses acidentes houvesse morte de todos, com certeza em todos os clássicos seriam lembrados. Talvez respostas e atitudes fossem esclarecidas e tomadas mais rapidamente, isso no caso do avião da TAM, diferente do que acontece quando são simples trabalhadores do dia a dia.

Gostei do post, já tava na hora, hehehehe...
Parabéns...

Anônimo disse...

Caraca... imagina?

Mário Monteiro disse...

até no futebol tem avião =)