sábado, 30 de agosto de 2008
Dialogos entre torre e avião
Já falei aqui de Aeroportos, passageiros, acidentes e aviões. Mas há uma parte desse cotidiano que rende muita coisa engraçada. São diálogos entre controladores de vôo em terra e profissionais do cockpit. Separei alguns bizarros, pinçados de fóruns e de e-mails que os próprios pilotos me enviam. Podem nem ser reais, ou recentes, mas são hilários.
- "Torre para Alitalia 345: continue táxi mantendo posição 26 Sul via Tango. Check operários trabalhando na taxiway". Instantes depois, o comandante retorna: "Alitalia 345 Táxi Sul via Tango. Operários checados. Todos trabalhando".
- No Canadá, o piloto pede autorização para a aproximação. "Halifax, Nova 851 saindo de 13.000 para 10.000 pés, pedindo pista 5". Do aeroporto de Halifax vem a resposta da controladora: "Nova 851, aqui é Halifax. A última vez que eu dei a um piloto o que ele queria, tive de tomar penicilina por três semanas. Aguarde a pista 6".
- Do centro de Moncton, com tráfego pesado, chamando a aeronave: "Speedbird 169 liberado direto Chibougamau". O jato da British retorna. "Aqui é BA 169. Desculpe, senhor, poderia repetir?". O controlador, impaciente, atende. "Speedbird 169, liberado direto Yankee Mike Tango". O piloto chama novamente. "Yankee Mike Tango ok para Speedbird 169. Qual era o nome?". O controlador responde, secamente. "Chibougamau". O piloto volta a chamá-lo. "Poderia repetir, por favor?". O controlador perde a paciência. "Chibougamau!. Eu disse Chibougamau!". O piloto não desiste. "Speedbird 169. O que quer dizer isso?". Passam-se alguns segundos e a torre responde. "É f...-se em esquimó!!!"
- Um aluno da escola de pilotagem, perdido, chama: "Aeroporto não identificado com Cessna 150 circulando em cima, identifique-se!". Para outro, a torre pergunta: "Cessna G-ARER, quais são as suas intenções?". O piloto retorna. "Torre, aqui Cessna G-ARER. Quero tirar o brevê". O controlador dá um grito. "Cessna G-ARER, quero saber nos próximos cinco minutos, não cinco anos!". Um terceiro, perdido no vôo solo, tenta reencontrar o caminho pelo rádio. "Qual foi a sua última posição conhecida?", pergunta a torre. O aluno responde. "Quando eu era o primeiro na fila para decolar".
- A torre chama uma aeronave. "Delta 351, você tem tráfego às 10h, a 6 milhas". O piloto responde. "Aqui Delta 351, me dê outra indicação. Meu relógio é digital."
"TWA 2341, para reduzir ruído, vire à direita 45 graus". Meio desconcertado, o piloto responde. "Centro, TWA 2341. Estamos a 35 mil pés. Quanto barulho vocês acham que produzimos aqui em cima?". Sem se alterar, o controlador retruca. "TWA 2341, o sr. já ouviu alguma vez o barulho de um 747 batendo em um 727?".
- Vários jatos aguardam o clearance (liberação) para decolar em Munique. "Aqui Lufthansa, chamando ATC, qual é a previsão de clearance?" . A torre retorna. "Lufthansa, aqui é a Torre. Se você quer uma resposta deve perguntar em inglês". O comandante se irrita. "Sou alemão, voando em um avião alemão, na Alemanha. Por que eu deveria me reportar em inglês?". Nesse ponto, uma terceira voz, não identificada, mas com sotaque britânico, entra na frequência. "Porque vocês perderam a maldita guerra!".
- Torre: "Eastern 702, liberado para decolagem, contate ATC na freqüência 124.7". Depois de decolar, o comandante retorna. "Torre, aqui Eastern 702 alterando a freqüência. Para registrar, há um animal morto na cabeceira da pista". A torre então chama o jato seguinte da fila. "Continental 635, liberado depois do Eastern 702. Contate freqüência 124.7 após decolagem. Copiou a mensagem do 702?". O outro jato retorna. "Continental 635. Roger, liberado para decolagem. Copiamos o Eastern 702 e já avisamos ao nosso pessoal da cozinha".
- De partida de Londres, Gatwick, para Fort Lauderdale, Flórida, a tripulação de um US Air erra o táxi e fica bico a bico com um 727 da United. Uma irada controladora entra no rádio. "US Air 2771, que diabos vocês pensam que estão fazendo? Eu disse para virar à direita na Charlie e vocês viraram à direita na Delta. Se não sabem a diferença entre C e D então fiquem parados! Que droga, estragaram tudo! Vão ficar nessa posição por meia hora até que eu decida quando, como e onde vocês vão. Copiou US Air 2771?". Após um instante de silêncio, a tripulação responde. "Yes Ma´am". A bronca cala todo mundo até que alguém em outro cockpit quebra o silêncio e pergunta a ela. "Já não fui casado com você antes?".
Post dedicado ao meu amigo Jair Giansante Junior ...
meu unico leitor ,hehe
abçs a todos
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sábado, 23 de agosto de 2008
O maiores acidentes aéreos da historia (em numero de mortos)
O mais grave desastre aéreo da aviação registrado até hoje, segundo a Aviation Security Network, aconteceu em 1977, quando duas aeronaves das companhias Pan Am e KLM chocaram-se na hora da decolagem no Aeroporto de Tenerife, na Espanha, matando 583 pessoas.
583 mortos - Março de 1977. Dois Boeings 747, um da holandesa KLM e outro da americana Pan Am, colidem e pegam fogo na pista de decolagem de Santa Cruz de Tenerife, nas Ilhas Canárias (Espanha). Havia 644 pessoas a bordo.
520 - Agosto de 1985. Um Boeing 747 da Japan Air Lines espatifa-se contra uma montanha. Só quatro passageiros sobrevivem.
350 - Janeiro de 1996. Um cargueiro Antonov-32 cai num mercado cheio de gente no centro da capital do Congo (ex-Zaire), Kinshasa.
349 - Novembro de 1996. Um Boeing 747 da companhia saudita Saudi Arabian Airlines e um Ilyushin da Kazakh Airlines, do Casaquistão, colidem no ar, perto de Nova Délhi, na Índia. Foi o pior desastre envolvendo dois aviões em pleno vôo. Morrem todos os passageiros e tripulantes.
346 - Março de 1974. Um DC-10 da Turkish Airlines cai numa floresta ao norte de Paris, logo depois de decolar do Aeroporto de Orly. Todos morrem.
329 - Junho de 1985. Um Boeing 747 da Air India cai na costa irlandesa, aparentemente depois de uma explosão. Todos os ocupantes morrem.
301 - Agosto de 1980. Um Lockheed TriStar L-1011 da Saudi Arabian Airlines pega fogo no aeroporto de Riad, pouco antes de decolar, matando todos os Ocupantes.
290 - Julho de 1988. Um Airbus A-300 da Iran Air é derrubado no Golfo Pérsico pelo navio de guerra americano Vincennes, que identificou erroneamente o aparelho como um avião de ataque. Todos a bordo morrem.
273 - Maio de 1979. Um DC-10 da American Airlines cai logo após levantar vôo do aeroporto de Chicago, nos EUA. Morrem os 271 ocupantes e 2 pessoas em terra.
270 - Dezembro de 1988. Um Boeing 747 da Pan Am cai sobre a cidade de Lockerbie, na Escócia, em conseqüência da explosão de uma bomba, matando as 259 pessoas que estavam a bordo e 11 moradores da cidade.
269 - Setembro de 1983. Um Boeing 747 da Korean Air Lines é derrubado por um avião de guerra soviético, depois de sobrevoar o espaço aéreo da ex-União Soviética, perto das Ilhas Sakalinas. Morrem todos a bordo.
264 - Abril de 1994. Um Airbus da China Airlines, com 271 ocupantes, cai e explode quando ia aterrissar em Nagoya, no Japão.
257 - Novembro de 1979. Um DC-10 da Air New Zealand, num vôo de Auckland, na Nova Zelândia, para o Pólo Sul, bate numa montanha na Antártida. Ninguém sobrevive.
256 - Dezembro de 1985. Um DC-8 da Arrow Air, em uso pelas Forças Armadas americanas, cai depois de levantar vôo de uma parada para abastecimento, no Canadá, quando levava soldados americanos de volta para os EUA. Todos morrem.
230 - Julho de 1996. Um Boeing da TWA explode sobre o Oceano Atlântico após levantar vôo do Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, com destino a Paris. Todos a bordo morrem.
228 - Agosto de 1997. Um Boeing da Korean Air Lines espatifa-se contra uma montanha na Ilha de Guam. Levava 254 pessoas.
221 - Setembro de 1997. Um Airbus da Garuda Indonesia cai perto da cidade de Medan, na Ilha de Sumatra, na Indonésia, em meio a um nevoeiro causado por incêndios de florestas.
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sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Qual o maior aviao do mundo ?
Antonov AN-225 mriya
O Antonov An-225 Mriya é um avião cargueiro russo peso-pesado. Ele foi desenvolvido para transportar cargas enormes e pesadas que jamais poderiam ser transportadas por outros aviões de carga convencionais, incluindo os maiores Jumbos e Boeings (por exemplo: o ônibus espacial russo!). É o maior avião de carga do mundo e só existem 2 deles. Ele pousa em chão de terra (com ou sem chuva) e até na neve (incluindo regiões remotas e desérticas da gelada Sibéria). O piloto designado para efetuar seu vôo inaugural olhou para aquele gigante, coçou a cabeça e disse: "Isto não pode voar! Um troço desses não tem como sair do chão...".
Veja as especificações desse colosso dos ares:
*
Tipo de aeronave: Cargueiro para transportes internacionais
*
Propulsão: 6 turbinas ZMKB Progress Lotarev D-18T (com 229.50 kN de propulsão cada; e você pensou que seu carro tivesse um torque forte...)
*
Peso máximo de carga permitido para conseguir decolar: 600 toneladas (dá para trazer um bocado de muamba dos EUA...)
*
Peso máximo de carga útil (interna ou externa): 250 - 275 Toneladas (achou que 600 toneladas fosse muito?...)
*
Envergadura de asa: 88.4 metros
*
Comprimento: 84 metros
*
Velocidade: 800 km/h
*
Altura: 18.1 metros (excluindo o trem de pouso)
*
Dimensões de carga: 35.97m de comprimento; 6.4m de largura; 4.39m de altura (quer transportar um Boing 727 sem as asas? Cabe nele!)
*
Autonomia de vôo com carga máxima: 4.500 km
*
Autonomia de vôo com "tanque" de combustível cheio: 15.400 km
*
Tripulação: 7 pessoas (!) - embora possa transportar mais de 1.500 pessoas em seu compartimento de carga...
A empresa construtora aeronáutica Antonov é sediada em Kiev, Ucrânia, na antiga União Soviética. É lá que se produzem os maiores e mais pesados aviões do mundo, o Antonov An-124 Ruslan e An-225 Mriya.
O Ruslan foi o primeiro à voar, em dezembro de 1982. Ambos foram desenvolvidos à pedido (ou sob as ordens) da Força Aérea Soviética, para cuidar do transporte pesado de grandes máquinas, caminhões, tanques e helicópteros.
Além disso, podem transportar um grande número de soldados e, no caso do Mryia, serviu como plataforma de transporte para o Buran, o Shuttle espacial soviético.
O Mriya fez seu primeiro vôo em 21 de dezembro de 1988. Durante sua fase de desenvolvimento, encontrou um inimigo mais temível que todas as forças da OTAN: a falta de financiamento.
Com a Perestroika de Mikhail Gorbatchov, o dinheiro destinado à pesquisa e desenvolvimento de novos armamentos, incluindo-se aí novas aeronaves, foi dramaticamente reduzido. Isto explica porque apenas um An-225 Mriya (que significa "Sonho" no dialeto ucraniano) foi construído.
O colosso foi colocado em operação restrita, e somente dez anos depois, em 2000, a Antonov começou a construir uma segunda unidade.
Para se ter uma idéia de seu tamanho, vamos compará-lo ao 747-400: o Mryia têm peso máximo de decolagem de 600.000kg e o 747,de 397.000kg.
O gigante russo pode transportar até 250.000 kg de carga contra 125.000 kg do Jumbo 400 cargueiro. O Mriya mede 84 metros de comprimento, o 747 "apenas" 70 metros. Possui seis motores, e o 747, quatro. É mais um dos prodigiosos projetos soviéticos, que a despeito de suas qualidades, parece mais destinado a entrar no Livro dos Recordes do que em serviço ativo.
O Antonov An-225 Mriya é um avião cargueiro russo peso-pesado. Ele foi desenvolvido para transportar cargas enormes e pesadas que jamais poderiam ser transportadas por outros aviões de carga convencionais, incluindo os maiores Jumbos e Boeings (por exemplo: o ônibus espacial russo!). É o maior avião de carga do mundo e só existem 2 deles. Ele pousa em chão de terra (com ou sem chuva) e até na neve (incluindo regiões remotas e desérticas da gelada Sibéria). O piloto designado para efetuar seu vôo inaugural olhou para aquele gigante, coçou a cabeça e disse: "Isto não pode voar! Um troço desses não tem como sair do chão...".
Veja as especificações desse colosso dos ares:
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Tipo de aeronave: Cargueiro para transportes internacionais
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Propulsão: 6 turbinas ZMKB Progress Lotarev D-18T (com 229.50 kN de propulsão cada; e você pensou que seu carro tivesse um torque forte...)
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Peso máximo de carga permitido para conseguir decolar: 600 toneladas (dá para trazer um bocado de muamba dos EUA...)
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Peso máximo de carga útil (interna ou externa): 250 - 275 Toneladas (achou que 600 toneladas fosse muito?...)
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Envergadura de asa: 88.4 metros
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Comprimento: 84 metros
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Velocidade: 800 km/h
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Altura: 18.1 metros (excluindo o trem de pouso)
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Dimensões de carga: 35.97m de comprimento; 6.4m de largura; 4.39m de altura (quer transportar um Boing 727 sem as asas? Cabe nele!)
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Autonomia de vôo com carga máxima: 4.500 km
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Autonomia de vôo com "tanque" de combustível cheio: 15.400 km
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Tripulação: 7 pessoas (!) - embora possa transportar mais de 1.500 pessoas em seu compartimento de carga...
A empresa construtora aeronáutica Antonov é sediada em Kiev, Ucrânia, na antiga União Soviética. É lá que se produzem os maiores e mais pesados aviões do mundo, o Antonov An-124 Ruslan e An-225 Mriya.
O Ruslan foi o primeiro à voar, em dezembro de 1982. Ambos foram desenvolvidos à pedido (ou sob as ordens) da Força Aérea Soviética, para cuidar do transporte pesado de grandes máquinas, caminhões, tanques e helicópteros.
Além disso, podem transportar um grande número de soldados e, no caso do Mryia, serviu como plataforma de transporte para o Buran, o Shuttle espacial soviético.
O Mriya fez seu primeiro vôo em 21 de dezembro de 1988. Durante sua fase de desenvolvimento, encontrou um inimigo mais temível que todas as forças da OTAN: a falta de financiamento.
Com a Perestroika de Mikhail Gorbatchov, o dinheiro destinado à pesquisa e desenvolvimento de novos armamentos, incluindo-se aí novas aeronaves, foi dramaticamente reduzido. Isto explica porque apenas um An-225 Mriya (que significa "Sonho" no dialeto ucraniano) foi construído.
O colosso foi colocado em operação restrita, e somente dez anos depois, em 2000, a Antonov começou a construir uma segunda unidade.
Para se ter uma idéia de seu tamanho, vamos compará-lo ao 747-400: o Mryia têm peso máximo de decolagem de 600.000kg e o 747,de 397.000kg.
O gigante russo pode transportar até 250.000 kg de carga contra 125.000 kg do Jumbo 400 cargueiro. O Mriya mede 84 metros de comprimento, o 747 "apenas" 70 metros. Possui seis motores, e o 747, quatro. É mais um dos prodigiosos projetos soviéticos, que a despeito de suas qualidades, parece mais destinado a entrar no Livro dos Recordes do que em serviço ativo.
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